Audiência pública discute futuro do centenário Urbano Caldeira, casa do Santos FC

Inaugurado em 12 de outubro de 1916, o emblemático estádio do Santos FC, Urbano Caldeira, enfrenta um futuro incerto. A expectativa é de que esse espaço histórico, carinhosamente conhecido como Vila Belmiro, seja demolido para dar espaço a uma moderna arena que poderá acomodar até 30 mil torcedores. A construção está sob a responsabilidade da empresa W Torre, a mesma que ergueu o Allianz Parque, estádio do Palmeiras, na capital paulista. O investimento estimado para esta obra gira em torno de R$ 700 milhões.


Com essa nova arena, Santos não apenas se tornará um polo de eventos esportivos, mas também poderá atrair grandes shows nacionais e internacionais. A capacidade da nova estrutura variará entre 25 a 30 mil pessoas, dependendo da disposição do palco no gramado. Para discutir os destinos do histórico estádio Urbano Caldeira, uma audiência pública está marcada para esta segunda-feira (14), a partir das 18 horas, no salão mármore da agremiação. A proposta inclui a demolição total do estádio e a realocação das atividades para outros locais, incluindo o Memorial das Conquistas, que é um dos pontos turísticos mais visitados da cidade.


Os detalhes acerca desse projeto estão descritos em documentos apresentados pela W Torre à Prefeitura de Santos, parte do Estudo de Impacto de Vizinhança que é obrigatório pelas diretrizes do Estatuto da Cidade. O site da prefeitura também disponibiliza informações relevantes sobre os tópicos a serem abordados na audiência pública.


As etapas previstas para a demolição do estádio e construção da nova arena têm uma duração estimada de três anos, com a expectativa de que cerca de 1.000 pessoas estejam envolvidas na obra, sendo 100 diretamente e 900 indiretamente. O novo estádio não apenas ampliará sua capacidade em 50%, mas também terá uma infraestrutura significativamente maior. As informações revelam que a nova arena contará com 30.040 lugares, distribuídos entre cadeiras, patamares e estruturas acessíveis, além de um estacionamento subterrâneo com 387 vagas.


A modernização será notável, pois a nova estrutura ocupará um espaço quatro vezes maior em área construída, podendo contar com lojas e restaurantes. Isso significa um acréscimo de cerca de 50 mil m² em relação aos atuais 17.361,20 m² do Urbano Caldeira, totalizando 67.946,69 m². Entretanto, a transformação do estádio também levanta preocupações sobre o impacto no bairro residencial ao redor, incluindo aumento do tráfego e níveis de poluição sonora.

Determinadas sugestões foram apresentadas nos documentos, visando a mitigação dos impactos na infraestrutura urbana, como a implementação de semáforos inteligentes para melhorar a fluidez do tráfego e garantir maior segurança, com a instalação de câmeras conectadas ao Centro de Controle Operacional (CCO) na área do estádio.

Além disso, a transformação do cenário local inclui a construção do Litoral Plaza Santos, que dará início às obras ainda este ano, possivelmente ampliando ainda mais o fluxo de visitantes e residentes ao entorno.

Com as diretrizes discutidas na audiência pública aberta ao público em geral, torcedores ou não do Santos, espera-se encontrar consenso sobre essa importante modificação que vislumbra não só a revitalização do mapa esportivo da cidade, mas também seu crescimento cultural e social.

tags:Santos FC, audiência pública, impacto urbano, reforma do estádio

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